segunda-feira, 30 de junho de 2008

Ei BOB, quer sair comigo?

Um dos meus programas preferidos é jantar com amigos ao redor de uma boa mesa, de um rouge adequado e música de qualidade. Juntar culinária, vinho correto e amigos me renova a alma. Além dos meus amigos muito muito próximos com quem sempre celebro a vida desta forma, tenho um grupo - As Meninas do Mexe & Vira (o nome é uma história que conto depois) - que se reúne toda quarta-feira. Nunca fomos de "entornar todas", mas o vinho sempre foi convidado de honra dos nossos encontros semanais.
A "lei seca", entretanto, tem preocupado as integrantes Mexe & Vira. Uma delas questiona: mas, não é muito rigorosa essa lei? Acho que não! Exagero é achar que se pode dirigir depois de beber QUALQUER QUANTIDADE DE ÁLCOOL. É claro que muitos de nós já pegamos o carro depois de tomar dois inocentes chopinhos e chegamos sãos e salvos em casa. Mas, a intolerância tem de ser total, visto que a maioria dos adeptos da cervejinha acredita estar sempre bem mesmmo dispoix j'uins copim de naasssda!!!!
No período em que vivi fora do Brasil, na Bélgica, conheci um personagem que - TOMARA - será bem popular por aqui: o BOB. BOB é como chamam lá o amigo-motorista da vez que sai sem beber. Neste sábado, o meu BOB foi minha amiga Michels e olha que eu tomei três cervinhas Sol de 250 ml e acreditava estar bem pra dirigir. Me senti muito confortável no banco de trás e já estou na dívida com Michels. Acertado isso, nos nossos encontros de quarta o vinho continuará bem-vindo. Questão de mudança de hábito e de respeito pela vida!

sábado, 28 de junho de 2008

Futuro

Santos, todos os santos:
o que, depois de chorados seus mortos,
pode zerar de novo a vida?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

As melhores coisas da vida (Parte 3)

Ser chamada de Menina Difícil e achar lindo
Sotaque
Ouvir uma canção antiga de Roberto
Falar tudo sem dizer nada
Dormir de conchinha
Acordar e descobrir que é sábado
Saber a diferença entre solitude e solidão
Morangos gelados
Chá
Champagne
Sexta-feira
Picolé de fruta
Emagrecer
Brincos
Ver que seu cabelo cresceu
Sombra num dia quente
Cidade do interior
Sapatos
Dormir na beira da cachoeira
Ganhar presente sem motivo
Decidir mudar de vida
Ter coragem de mudar
Feirinha
Futebol na época da Copa
Cantar bem alto e sozinha no carro com os vidros fechados
Poder dizer o que pensa
Ver os dias passarem rápido, quando você precisa que eles passem rápido
Congelar os dias quando você está perto de quem você ama
Tomar banho de luz apagada e ouvindo música boa
Rezar de tão feliz

As melhores coisas da vida (Parte 2)

Bebês
Cheiro de bebês
Aniversário
Cabelo limpo
Lençol lavado e cheiroso
Água
Árvore
Livro bom na hora de dormir
Descobrir uma receita ótima
Rir até doer a barriga
Ouvir aquela música que você gosta no rádio
Chorar de alegria
Dizer Foda-se de vez em quando
Tomar um café gostoso e amargo no começo do dia
Reencontro em aeroporto
Ficar vermelha com uma cantada
Descobrir um site com todas as poesias que você ama
Ir ao cinema sábado à tarde
Visitar o mercado e sentir o cheiro de frutas
Deitar na grama
Passar um tempão ouvindo barulho de água
Dormir na frente da lareira
Comer depois de uma caminhada exaustiva
Pensar andando
Dia de folga
Bicicleta
Short
Sol
Fim de semana a dois
Fim de semana com amigos
Fim de semana
Poesia
Chico Buarque
Saudade boa com bombom
Festa de família com barulho de criança
Natal
Poder voltar atrás
Ir ao salão de beleza e sair linda
Pintar o cabelo de loiro
Ganhar uma bolsa linda
Comprar uma bolsa linda
Sonhar ouvindo música
Sentir o coração disparado ao ver alguém

As melhores coisas da vida (Parte 1)

Colo de mãe
Abraço
Casa
Família
Orgulho de pai
Comidinha de vó
Sorriso de sobrinha
Beliscar na panela
Gargalhada na cozinha
Cheiro de mãe misturado com Acqua Fresca
Acordar de manhãzinha
Tomar leite de cócoras no fogão à lenha da fazenda
Passar a tarde com relembrando os bons tempos com as primas
Acordar com alguém te ajeitando as cobertas
Domingo de preguiça
Dormir com chuva
Fofoca de tia
Pipoca
Guaraná
Filme de comédia
Namorado
Telefonema que você espera
Telefonema que você não esperava mais
Carta
Amigos
Achar dinheiro perdido no bolso
Viajar
Chegar em casa
Tirar o sapato
Tomar uma taça de vinho tinto
Olhar o mar
Falar uma hora e meia ao telefone e achar que só se passaram cinco minutos
Fazer bolo de chocolate e dar certo
Andar descalço
Tomar banho de chuva
Achar um vestido que você ama
Ele servir!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Dr. Neurose

Sou hipermegaultraalérgica. Não posso com corantes, conservantes e fico estragadinha se estou próxima a poeira, mofo, sabão em pó, fumaça e já fiz visitas noturnas a prontos-socorros só porque resolvi beber um copo de fanta. Ventilador e serial killer, pra mim, significam quase a mesma coisa e um simples ketchup já me deixou a cara do Túlio Maravilha por mais de uma vez... Por causa dessas minhas histórias escuto comentários adoráveis que me comparam a pintinhos de granja e até que eu deveria me casar com um dono de farmácia (ainda bem que não bebo remédios!).
Mas, fato é que, com essa sensibilidade toda, nunca morri por ter comido um pedaço de bolo que uma formiga passou em cima. Ontem vendo o aquele quadro do Fantástico, do dr. Bactéria, fiquei pensando mesmo que isso deve ser milagre. Gente, as bactérias dominam o mundo!!!!!!! Caramba! E eu não morri depois de ter comido em bandejas de fast foods infestadas por coliformes fecais, não morri porque sempre guardei comida quente e tampada na geladeira, estou vivinha depois de lavar a louça com um ninho de bactérias (leia-se bucha). Pinto de granja, eu?!!!
Gente, higiene é importantíssimo, mas eu chamaria aquele homem de dr. Neurose! Eu hein?! É certo que ele dá dicas valiosas, mas ontem eu vi o quadro inteiro pensando na mulher do cara. Se é que ele casou, né? O que ele não deve exigir da pobre coitada antes de um beijo! Ei dr. Neurose, prefiro comer bactérias com molho tártaro a viver assim, viu?
Beijo, me liga!!!!

domingo, 22 de junho de 2008

Teoria do Cipó

Uma prima foi comigo ao parque com seu filhinho, de 5 anos. Vendo o menino correr e com medo que ele atravessasse a rua, ela gritou: - Volta aqui ou o homem mau vai te pegar!, ou algo do gênero. Culpada, ela se vira pra mim e justifica:

- Com meninos (sexo masculino) tem de ser assim. Não sou de acordo com esta política do medo, mas às vezes sou obrigada a lançar mão desse recurso para fazê-lo parar.

A cena me fez pensar imediatamente no meu avô, de longe o personagem mais interessante que já conheci e que põe abaixo todas as teorias modernas sobre a educação. Psicologia nunca foi o seu forte e ele passava longe daquilo considerado hoje como politicamente correto. Me lembro com clareza – apesar de na época eu usar ainda aquelas calcinhas com babadinho no bumbum - do dia em que ele resolveu tomar uma atitude drástica, quando constatou que, apesar de suas broncas freqüentes, nós (os netos) não deixaríamos de brincar na areia que ele usaria numa reforma da casa.

Não vimos quando o velhinho barrigudo, de olhos bem azuis, cabelos castanhos bem lisos e que vestia camisas sempre queimadas por faíscas de cachimbo voltou com o revólver na mão e deu dois tiros pra cima. Até hoje dou gargalhadas quando lembro o estado em que eu entrei em casa gritando pela minha mãe e dizendo que meu avô queria nos matar! Não me recordo ao certo quanto tempo durou, mas posso apostar que na tarde desse mesmo dia, nós já estávamos todos lá, enterrando nossos pés bem fundo naquela areia amarela e fina.

Essa foi só uma de suas histórias, mas ele já me deu surra de cipó tentando controlar meu gênio de menina mimada que jogara longe as balas que ele gentilmente me oferecia porque elas não eram da marca que eu gostava. Já correu atrás de mim com um cinto - mais por brincadeira do que por raiva - porque eu lhe presenteei com lama numa vasilha bonita que peguei emprestada na estante da minha mãe. Já deu broncas astronômicas nos meus primos e não era raro ele dependurar um mais teimoso de cabeça pra baixo por alguns minutos.

Uma vez ele flagrou dois dos meus primos roubando doces e, calmamente, pediu aos dois que entregassem um bilhete ao delegado da pequena cidade onde ele morava. Enquanto escrevia, diante dos dois com olhos arregalados, ele ia recitando alto e pausadamente o que escrevia: “Peço gentilmente ao senhor, caro delegado, que prenda os portadores deste bilhete por furto de doces e por desrespeito ...” e por aí e ia. É certo que ele se divertiu mais que os meus primos que, por outro lado, nunca mais foram surpreendidos na despensa.

Mas, nada disso NUNCA significou trauma para qualquer um dos meus primos ou pra mim. Nós éramos AMADOS. E, essa sutilidade do saber-se amado - apesar de respeitar tudo que dizem os especialistas de hoje - eu não troco por nenhuma teoria metida à besta

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Reflexão sobre a distância

Por que pensar em quilômetros, se pensar em horas me deixa muito mais perto de você?

Dramas de menininha

A-do-ro praticidade. Amo legumes cortados, embalados à vácuo e prontos pra serem cozidos. Não vivo sem massa pronta e, posso até não conhecer o moço, mas tenho paixão pelo inventor do delivery. Diante disto, locadora, pra mim, tem de ser no caminho de casa, assim como salões de beleza. No entanto, minha manicure, que fica ao lado do meu trabalho - o que me garante boas escapadelas em nome da estética -, PRECISA ser abandonada.
A moça já acabou com o meu dedão do pé por três vezes! A última delas no mês passado, um dia antes de eu viajar para o exterior. Sofri 20 dias com uma inflamação miserável que me obrigou a percorrer a Europa inteira a bordo de uma crock, aquelas sandálias HORROROSAS! De volta há quase um mês, sou uma sem-salão!
Eu e minhas unhas em frangalhos ainda estamos procurando alguém que caiba na nossa vida, que se encaixe no nosso prático caminho para vivermos uma nova história de amor... pelo menos até a próxima inflamação.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Tempo

Segundo.
Minuto.
Hora.
Dia.
Semana.
Mês.
Ano.
Hoje já é amanhã?

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Culpa do garrafão!

Das delícias de se morar sozinho posso tranquilamente citar aquelas bem egoístas como comer só o que você gosta, na hora que você quer, na frente da tevê e, se você bem entender, de pijama. Você manda na tevê, pode andar só de calcinha pela casa, ligar a tevê, o rádio e o computador todos de uma só vez e preferir, no final das contas, ler um bom livro.

Você dorme com a cama só pra você, pode ler com a luz acesa e o rádio ligado até às três da manhã. Pode deixar a louça pro outro dia sem dor na consciência. Morar sozinho é delicioso quando chega domingo e você pode se sentar em frente ao computador com sua xícara de café quente e ler o jornal de camisola, sem se preocupar com nada. Pode, sem o menor estresse, parar a faxina no meio e sair pra almoçar com os amigos. Pode almoçar 3 da tarde ou não almoçar e tomar um balde de sorvete só porque está sem ânimo pra enfrentar as panelas.

Pode deixar 4 pares de sapatos espalhados pela casa até se decidir que já é hora de tomar jeito e pôr tudo no lugar. Pode escolher os filmes que quer, ver na hora que quer e parar no meio só pra tirar um cochilo... Escolher a decoração sozinha e, em eventuais surtos, mudar tudo de lugar sem ninguém reclamar.

Morar sozinho é ótimo. Menos quando chega o garrafão de água mineral e você não está em casa... e aí você tem que se virar com o trambolho e vê que bem que morar com alguém também poderia ser MUITO legal.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Martelinho

Axé - arrrggggg!
Música eletrônica = barulho
Música sertaneja - nãooooooooooooooo!!!!!!

Quando a gente é mais novinha fica fácil conceituar tudo assim, né? Pois é, mas a maturidade tem me batido na cabeça como um martelinho, despedaçando todos os meus preconceitos e me mostrando que o bom mesmo é ser aberto e curtir! Muito!

Há dois anos uma prima me convidou pra ir ao show do Jamil e Uma noites, negócio de antecipar o Carnaval, uma coisa assim... Recusei e já ia dizendo que preferia ficar em casa no sábado à noite, quando uma amiga que estava ao meu lado me fez repensar a questão me apresentando um argumento razoável:

- Prefere ver Zorra Total? (Não.) Vá no seu carro. Se não gostar, volta.
- OK. Vou. - Me escutei dizendo.

Santo Deus! Nesse mesmo dia, às 4 da manhã, molhada de suor, eu compreendia que eu estava certa sobre ouvir música da Bahia: realmente uma porcaria! Mas, DANÇAR ... DANÇAR, meu amigo... "quero mais o quêeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee?" AMEI!

Na terça, 10, outro preconceito me abandonou. Deixou o meu corpitcho para sempre amém! Minha amiga, que fazia aniversário nesse dia, cismou de ir na Terçaneja. Nem precisa ser Einstein pra descobrir que o nome da noite é a mistura de terça com sertaneja! Ai jesus!

Fui. E fui tão armada que fiquei ultracontente de encontrar, ao invés de música sertaneja, música eletrônica, que é o que toca na boate antes da 1 da manhã. Meu raciocínio foi imediato: aproveito isso aqui, dou o melhor de mim e à 1 hora, quando começar a tocar música sertaneja, volto pra casa.
Gente, música eletrônica - pelo menos quando você espera por música sertaneja - É TUDO DE BOM!!!!! Me joguei e adorei!

Pra sertaneja ainda preciso de um martelo maior... mas, eu adoro forró. Já é alguma coisa, né?

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Atraso

Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmm
Meu despertador toca às 7.
1 segundo se passa
Merda!
Meu coração já bate 11!

domingo, 15 de junho de 2008

Troco

Uma amiga me ligou outro dia agradecendo o conselho que eu dei para que ela tratasse com mais amor um namorado brigão e não desistisse de dar a ele um presente que havia preparado com carinho. Deu certo.
Não resisti e me peguei dizendo:
- amor é isso, amiga: dar, dar, dar! kkk
Piada à parte, fica aí uma reflexão antiga (achei esta noite anotado num extrato de banco dentro de um livro) de uma época em que eu mesma não entendia essa matemática.

Meus olhos são assim
Tem algo assim
Entre a tristeza
e a certeza de que você não vem

E de que me valeu tanta beleza?!
Tanta perfeição, tanta esperteza?

De tudo que eu vivi,
sobrou o que eu não dei.
Me voila: troco!

Fechando os braços

Tem uma música do Cabrel que diz assim: "C'est la loi depuis la nuit des temps. Un jour tu fermes les bras et y'a quelqu'un dedans." (É a lei desde o início dos tempos. Um dia você fecha os braços e tem alguém dentro).

Fico de cara quando penso que eu - sempre tão metida a entender de amor - fui negociando com a vida, trocando sonhos por praticidade, sendo engolida pela descrença, esquecendo como é bom VIVER! Resultado: de tanto pensar nisso, ontem tive uma noite branca. Sorte minha que hoje é domingo e que uma soneca pode ser bem-vinda no meio da tarde. Insônias sempre me vieram por preocupações ou medos, mas essa de ontem foi do bem, foi amiga...

Passei a noite em claro tentando alcançar o que é já meu e devagarzinho descansar, enfim, meus braços.

O homem da bicicleta vermelha

Escrevi esse texto outro dia, depois de chegar do Bosque dos Buritis:

Tenho 35 anos e um amigo invisível. Saí cedo hoje pela manhã depois de tomar meu capuccino quente acompanhado de duas pequenas torradas, que não consegui comer por completo. Peguei a bolsa, a chave, o mp3, o livro de Betina Henrich e fui fazer minha leitura no Parque dos Buritis. O homem junto. A bifurcação da rua 8 com a 6 estava calma aquela hora da manhã. Um passante me questionou secamente sobre a localização da 4 com a 9 e eu respondi prontamente me perguntando se ele notaria que eu estava acompanhada pelo tal invisível. Não pareceu perceber nada quando tomou o rumo indicado por mim. Seguindo pela 8, cruzei o porteiro do Porto Seguro, cumprimentei-o, escolhi o lado ensolarado da rua e fiz meu caminho habitual até o parque... mas, nada parecia comum ou ordinário nesse dia em que eu já acordei com o tal. O sol estava mais atraente, notei o vendedor do quiosque de coco pela primeira vez na vida e reparei que o aposentado que ia a minha frente parecia ter saído da farmácia com seu pequeno andar cambaleante. Vi uma doméstica acompanhar uma criança com cara enjoada até a escola e no fim da rua fui surpreendida ao ver um monte de crianças a fazer ioga bem ao lado do meu banco, da minha árvore. E achei lindo, apesar do barulho me impedir de ler!Era obra do tal, certamente. Logo eu que ando tão apressadamente, passar agora a reparar nesse cotidiano que me cerca, nessas pessoas que compõem meu cenário. Hum.Peguei o livro, abri na página 86 pensando que enfim o infeliz me daria sossego. Deu não. Sentou lá e ficou remoendo meus pensamentos, atormentando minhas idéias, contaminando uma por uma com seus futuros.Foi quando o rapaz da bicicleta vermelha chegou. Estava vestindo uma calça jeans e uma destas camisetas que de tão usadas não são mais de cor nenhuma. O tal ficou me obrigando a olhar o rapaz de um jeito interessado. E parecia mesmo me contar coisas sobre aquele homem que eu, por isso, sabia digno, desempregado, cheio de filhos e quem eu adivinhava puro pelo jeito simples em que apoiou o cotovelo no guidão e colocou uma das mãos no queixo. Parecia hipnotizado pelos jatos de água que saíam bem do meio do lago. Ficou ali parado enquanto o tal-que-ninguém-vê de tão emocionado acabou me obrigando a chorar aquela história tão escancarada desse homem encantado com um parque no meio de uma cidade que o ignorava. E voltei pra casa pelo mesmo caminho me questionando porque meus olhos estavam durante tanto tempo embaçados pela falta de sonhos... passei pelo mercado, ainda acompanhada do tal, que me aconselhou pilhas alcalinas gold ao invés de máster. Parei no banco pra um depósito e, com mais 50 passos, encontrei meu prédio. Mesmo debaixo de um sol forte, esse edifício acanhado e com a pintura amarela já envelhecida, dava ares de sombra e reconforto. O homem entrou antes.

Viva Jimenez!

Adorei. Acabei de ler que a Cláudia Jimenez está pegando um ator americano dos mais gatinhos, o Todd Rotondi. É muito bom ver que os homens se interessam SIM pela essência das mulheres. Não que a Cláudia seja feia, mas ela foge completamente dos padrões ditos sensuais: não é magra, não tem cabelo loiro batendo na bunda e usa óculos.
Há uma semana separada de outro gatinho, o Rodrigo Phavanello, a moça taí pra provar que a inteligência e o bom-humor ainda são os melhores afrodisíados. Nada, absolutamente nada, contra as meninas magras, loiras, morenas e lindas! Mas, inteligência, amigas, é fundamental! É gente, porque o Brad Pitt pode até ser lindo, mas imagina o moço ouvindo sertaneja e recitando manual de auto-ajuda? Ninguém merece, né? Viva Jimenez!

sábado, 14 de junho de 2008

Foi seu Leminski quem mandou

Foi seu Leminski que mandou escrever o que se passa no coração.
Logo eu, seu João?
No meu, ficou.

A vida começa com um café preto e amargo

Preto e amargo não são lá adjetivos muito sedutores, mas a verdade é que a vida - a minha pelo menos - só começa com um bom café preto e amargo. Depois da primeira xícara começo a lembrar quem eu sou, qual a agenda do dia, que tenho cabelo e um monte de cremes em cima da pia do banheiro... que preciso funcionar! Este sábado, dia 14 de junho, também começou assim... duas xícaras de café e uma trombada providencial com o Miojo (http://blogmiojo.com.br/), me despertaram o interesse de escrever um blog.
Um blog pra dividir com esse mundão digital minha vidinha de jornalista que mora sozinha, que ama Paulo Leminski, que coleciona canecas, que não se sente viva sem um bom livro, que não tem filhos, que trabalha muiiiiiiiiiiiiiiiito, que aos 35 anos ainda se permite amores tão...tão! Um blog pra dividir opiniões, desilusões, desabafos, bobagens... Um blog pra ajudar a vencer o tempo, pra contar o que está na minha caneca... fora o bom e velho café preto e amargo, que deixa a vida com um gosto tão bom!