sábado, 25 de abril de 2009

...

Um dia
vou ter todas elas:
pastoreadas,
encurraladas,
adestradas,
adequadas,
pra descrever
o que, por enquanto,
entala.

Lost

Saudade das poesias que perco
minha alma no lixo
em guardanapos de papel
Profanados
meus instantes
meus amores
em rumores noturnos
de catadores de papel

terça-feira, 21 de abril de 2009

Prigui


Sábado passado me dei o direito de não fazer nada, absolutamente nada. ôooooo coisa boa! Não sei de onde veio essa idéia de que a gente TEM de se divertir, de que felicidade tem de estar intimamente vinculada ao movimento, a fazer coisas. Basta reparar no escritório segunda-feira de manhã:

- E aí, o que você fez no fim de semana?

Ou você lista um monte de atividades bacanas, interessantes ou você é meio bocoió das idéias, meio leso ou pior, INFELIZ E TEDIOSO!

Gente, é por isso que o povo anda estressado! Ficar sem fazer nada é saudável também. Claro que se divertir, sair, festejar, fazer-tudo-ao-mesmo-tempo-agora é maravilhoso, mas a gente tem de parar de se sentir culpado por não fazer nada. Pois é, sábado passado fiquei da cama pra tv, da tv pra mesa, da mesa pra tv e dormia e acordava e comia... ôooooo tédio maravilhoso! Cansei de não fazer nada e fui tomar um sorvetinho no shopping e voltei pra casa pra ver um filminho bacana e comer de novo. 

Hoje é feriado e meu espírito tá pedindo um movimentozinho, mas se eu mudar de idéia, minha cama está no mesmo lugar. E na minha cara você pode ver que estou muuuuuito feliz! E descansada, né?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Quer casar?

Sou mulher e sei que o sonho da gente - pelo menos no que se refere a amor - é encontrar uma pessoa fiel, romântica e que nos diga poesias. Se o cara for carinhoso, simpático, trabalhador, amoroso e souber fazer massagem.... uhuuuu! Aí fechou!


Agora, se você acha que trombar com um homem assim tá difícil, enganou-se darling!!!! Esse homem pode ser seu com apenas um telefonemazinho de nada. Tá, ele faz algumas exigenciazinhas, mas ninguém é perfeito mesmo. Agora, se você faz questão de moto ou carro, esquece! Esse homem oferece apenas o seu caráter. Ca-rá-ter! Artigo raro no mercado. E, depois, carro e moto andam fora de moda mesmo. Negócio é emitir menos CO2.

Tá curiosa, né? Pois é, mas atiçar a curiosidade faz parte da minha tendenciazinha cupido. Gente, minha mãe sempre me zoava por eu ser a eleita das minhas amigas pra dar conselhos sobre namorados, idéias para conquistar e, muitas vezes, até pra escrever uma coisa ou outra no lugar delas. Bom, mas hoje, não se trata de idéias mirabolantes pra consertar namorado mequetrefe. Meu negócio hoje é indicar um marido, com telefone e tudo para aquelas mais afoitas. Coisa de Deus gente! Perde essa não!



P.s.: Esse simpático candidato deixou o bilhetinho em cima das mesas (das moças apenas) do meu trabalho. Concorrência já formada!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Um pedaço de Páscoa


Ontem fui ver a minha amiga Pat e, chegando lá, fui recebida por sua fihinha:


- Minha mãe tá tomando banho, tia Nine.


- Ué, loulou, hoje você não foi à aula? - Perguntei.


- Não, titia. Hoje é férias!


- Ah! E férias por quê?


- Porque é Páscoa.


-Nossa! (Eu levo às mãos ao rosto e finjo esquecimento) - O que é Páscoa mesmo que eu esqueci?


- Hum. Hum - ela refletiu - Peraí tia Nine que eu vou buscar um pedaço de Páscoa pra você!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Até onde vai a sua fé?




Pra não fazer as vezes de intelectuerda ou de jornalistazinha-metida-a-besta procuro não cair em armadilhas simples e classificar rápido demais como mer....cadoria um livro, um programa, um estilo musical. É porque os intelectuerdas muitas vezes não valorizam o simples, o direto e, precipitados, perdem a chance de uma avaliação crítica das coisas.

Vejam o exemplo do cinema europeu. Eu adoro e acho burra aquela história de dizer que cinema europeu é chato, que as histórias não tem finais felizes etc. E eu pergunto: como fazer uma história de divórcio, por exemplo, ter final feliz? É a antítese do final feliz. Na essência! Mas, me desculpem pela volta, não são os próprios europeus que agora andam de olho no nosso cinema se perguntando por que a gente consegue contar histórias de um jeito simples e direto e eles não? Tudo isso pra dizer que acho perigosa a condenação intelectual rasa da qual os realities shows são sempre vítimas.

Pois é. Quando começou a onda dos realities shows eu pensei cá comigo: mer...cadoria. Põem um monte de aloprado lá dentro, que não tem nada pra dividir com ninguém e os bobos aqui ficam vendo briga besta e bunda! Mas, sou curiosa e fiquei na minha. Logo depois do primeiro programa (tô me referindo ao BBB, da Globo), passei três anos fora do Brasil e longe do que de início me pareceu porcaria. Daí voltei e me interessei pela febre dos realities. Claro, não dá pra dizer que é cultura! É entretenimento puro, mas eu a-d-o-ro! Não, dá pra esquecer persogens como o dr. Marcelo? kkkkk

Gente, já disse aqui que sou louca por gente. Adoro as reações, a personalidade, a complexidade do ser humano (pq eu não fiz psicologia, né?). E esses programas se tornaram um prato cheio para meu "estudo" da natureza humana. Gosto de observar quais são os valores aceitos pela sociedade, como e porque são punidas as pessoas, como se formam os vínculos, quais são os apelos, os esconderijos de cada um e como isso reflete em nós, nas nossas identificações, preconceitos e julgamentos.

Então, por que uma menina mimada voltou tantas vezes do paredão? Pra ser merecedor de alguma coisa é preciso ser ter uma história de vida sofrida? Ou é autenticidade que conta? Por que é que um cara que se diz jogador, que maltrata a namorada (incluindo chamá-la de gorda) ganha o programa? Por que a "santinha" saiu logo no começo? Por que o 'jogar limpo' e coerente de um jogador é visto como perseguição? Por que é aceitável uma jogadora prometer não indicar a outra, não honrar sua palavra e ainda sim se sair bem na fita? Quais são os porquês da nossa sociedade? O que valorizamos quando somos todos juízes?

Se eu participaria? Nunquinha-nessa-vida! Gostaria muito de ter creditado R$ 1 mi na minha conta, mas não nasci pra tanta exposição e nem preciso de pseudos-psicólogas como eu pra me dizer se sou amada ou não. Mas vou continuar vendo (inclusive aqueles interessantíssimos do People and Arts), mesmo que seja pra ficar decepcionada como nessa última edição do BBB.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Atchim!




Gente, por que um cara consegue viver 30 anos (!) com um prego no nariz e eu não consigo conviver um só dia com um ácarozinho-de-nada-nessa-vida?

(http://www.meionorte.com.br/noticias,homem-vive-com-prego-no-nariz-por-mais-de-30-anos,70331.html)