Parecia filme americano. Cheguei em casa na sexta-feira no fim da tarde e me deparei com carros da polícia, do corpo de bombeiros, da perícia, muita gente aglomerada na porta do meu prédio, isolada por fitas amarelas e pretas. Tomei um susto enorme e fui perguntando aos vizinhos com quem cruzava o que tinha acontecido. Mataram a tiros o meu vizinho, um homem de 51 anos, com quem eu cruzava quase diariamente, uma vez que estacionávamos nossos carros um ao lado do outro.
Nossa relação nunca atravessou os polidos "bom dia, boa tarde e boa noite" mas isso não torna a coisa menos chocante. Ele foi abordado enquanto estacionava seu carro e alvejado na cabeça, no ouvido e no pescoço por uma pessoa que estava na carona de uma motocicleta. Assassinatos são naturalmente brutais, mas quando eles acontecem na sua porta, envolvendo alguém conhecido, conseguem ser ainda mais.
Mas, o mais impressionante nesse caso, que ganhou as primeiras páginas de jornais, é a história triste desses personagens. Vizinhos e imprensa dão conta que o ódio reinava nessa família, que tem outros dramas igualmente expostos na mídia, como o suicídio da irmã gêmea de meu vizinho e sua briga de anos e anos com o pai e os irmãos. Esse fato consegue me entristecer ainda mais que o assassinato em si. Se o assassinato choca, o esfacelamento dessa família comove.
Dom cumprido
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É engraçado como o tempo nos faz amadurecer. Fui contrário à ideia de
realizar as Olimpíadas no Brasil. N motivos, mas que não vêm ao caso mais.
E goste...
Há 8 anos