domingo, 30 de novembro de 2008

Minha vida com menos net

Pois é... tem muitas coisas que têm despertado minha vontade de escrever nesses últimos dias, mas tenho me obrigado a deixar passar. Na semana passada, cansada de sentir dores de cabeça e nos olhos, procurei um oftalmo e descobri que estou com ceratite, uma inflamação na córnea provocada pelo uso excessivo do computador. Além de encarar um das 8 às 18, chego em casa e tcharam: ligo o computador! O resultado disso foi um ressecamento dos olhos e, consequentemente, a tal ceratite.
Mas, gente amiga de minha terra, tem sido um bom exercício. Eu, que já aprendi a desligar a tv, agora estou me acostumando com a idéia de ficar sem a net. Logo eu, que andava dividindo o mundo em a.MSN e d.MSN. Tenho lido com mais frequência que a habitual, vi despertar minha vontade de cozinhar (é, ontem fiz um potão de pesto), minha casa está mais arrumada, meus cds em dia e, mais importante, ando à toa, sonhando e só.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O crime acorda cedo

Já ouvi um monte de histórias sobre esse golpe que vem sendo aplicado por telefone, mas hoje eu fui a vítima. Acordei antes das 7 da manhã com o telefone tocando e, trêmula, constatei que a ligação era a cobrar. Tenho família que mora fora, irmãos adolescentes, enfim... um telefonema a essa hora da manhã não poderia inspirar coisa boa. Pensei, nos segundos que levaram para finalizar a gravação que anunciava a ligação a cobrar numa infinidade de coisas: meus irmãos acidentados um a um, problemas com pai, tio, avós, namorado.

- Alô

Tum, tum, tum...

- Mãeeee, mãeeeee, mãeee, fui assaltada mãe.

Silêncio.

Tum, tum, tum...

Não sou mãe, não tenho filha, é golpe.

- Mãaaaaaae, socorro mãeeeee.

- Filha da p!

Desligo. Coração disparado. Pernas trêmulas.

- Nossa, era a voz da minha tia Lazinha - pensei por um segundo, antes de lembrar que a mãe dela e minha avó já morreu faz tempo.

Sento na cama ainda muito perturbada e constato: se fosse a voz de homem ao telefone eu provavelmente ouviria a voz de um dos meus irmãos. Talvez não caísse no golpe, mas com sono e nervosa, certamente eu iria imaginar desastres antes dos minutos necessários para recobrar minha racionalidade. É cruel esse golpe. Sou jovem, mas imagino o telefone tocando na casa de uma mãe, com filhos reais e ausentes. Uma situação dessas pode matar e você pode até se julgar esperto, mas antes das 7 da manhã... é duro!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Mantando a saudade de Philippe Geluck

Et des frites s'il vous plait monsieur, pour accompagner!

sábado, 15 de novembro de 2008

Seis anos de descuido divino

Saudades de minha mãe.
Sua morte faz um ano e um fato.
Essa coisa fez eu brigar pela primeira vez
com a natureza das coisas:
que desperdício,
que descuido
que burrice de Deus!
Não de ela perder a vida
mas a vida de perdê-la.
Olho pra ela e seu retrato.
Nesse dia, Deus deu uma saidinha
e o vice era fraco.
(Elisa Lucinda)