segunda-feira, 1 de junho de 2009

Gal (fe) 2



Pois é gente. Esse negócio de gafe é sério mesmo. A gente conta uma e vai lembrando de um monte de outras. Mas, eu estava em Budapeste, acompanhada do meu fiel escudeiro Rimene, quando voltando do aeroporto e entrando no metrô, escutamos, quase como um milagre, alguém dizendo:

- Nossa, que surpresa ouvir português aqui na Hungria!

Gente, não é por nada não, mas surpresos estávamos nós porque o cara, nada mais era que um tradutor de húngaro (língua mais difícil do mundo!) para português. De cara e quase hipnotizadas, seguimos o moço (o mais gente boa do planeta terra) e ele nos levou aos melhores lugares de Buda e de Peste. Nunca consegueríamos conhecer tão a fundo a cidade e seus costumes se não fosse por ele.

Ai, lá vem maria rateira, estreando aquela que seria a menor gafe desses dias maravilhosos em Budapeste. Com uma unha machucada, peço a ele que me compre alguma coisa que fizesse passar a dor, mas como já era tarde da noite, entramos numa loja de conveniência e ele me diz (pra quê meu Deus?!) que era vendido num vidrinho vermelho o medicamento que precisava.


Nisso eu vejo, perto do caixa, uns vidrinhos vermelhos e azuis que lembravam Rifocina, Merthiolate, enfim. Pego os vidrinhos, ergo bem alto para que ele enxergasse lá de longe, e pergunto:


- Anjo Chico (é como eu o apelidei, devido as circunstâncias), é esse?

E ele fez lá umas caretas, mas, eu sem entender aquela caretada toda, balançava ainda mais o vidro:

-Esse aqui ó, parece com Merthiolate, expliquei


-Abaixa isso peloamordedeus, ele me disse. É lubrificante íntimo!!!


Toimmmmmm.

Mas, inspiração é o que não me falta, né gente? Foi nada não. Dia seguinte, ele nos leva pra visitar um castelo magnifíco, onde vivia Sissi, e (pra quê meu Deus?!) inventa de nos ensinar a falar em húngaro a frase "Oi, nós somos jornalistas brasileiros" algo que soava como:


- Sióoo brooosil wilchaguirô vacjoke.


Pronto: virou meu mantra e eu repetia a frase, e repetia, tentando encontrar a pronúncia correta. Perspicaz, eu noto que ele, me corrigindo, entortava a boca para o lado, por onde também deixava escapar um ventinho.


Inteligente, matei a charada. Era isso! Assim como os ingleses batem com a língua nos dentes ou como os franceses fazem biquinho, pra falar húngaro bastava entortar a boca pra direita:


- É isso Rimene, eu dizia empolgada e com a boca torta!


- Sióoo brooosil wilchaguirô vacjoke, eu repetia, estranhando a cara do meu amigo, que se retorcia em caretas que não ajudavam em nada na pronúncia do húngaro.


-É isso Anjo Chico, tô falando direito?, eu perguntava.


Rimene, delicado, me dá um cutucão, e sussurra:


- Ele tem paralisia facial, Gal!!!!!!!!!!!


Tinha.

8 comentários:

Pablo Alcântara disse...

RARARAAAAAAAAAAAAA

Luisa Dias disse...

Meu bem, é caso grave... tem que buscar tratamento!

Cássia disse...

Toin! rs
Ah, essas frasezinhas chaves. Pergunte ao Rimene como era a receptividade em Paris quando ele dizia: Geneparlepáfrancê. Parlevuanglê? rs

Deire Assis disse...

nina, é patológico mesmo. certeza.

mas patológico ou não, prometa q vai continuar contando? sim, pq se a do lubrificante íntimo foi a menor lá pra aquelas bandas...

Mônica Novaes disse...

Amiga, são momentos assim que deixam a vida mais leve e divertida! Agora, se lembra quando foi comigo ao CHU, em Liège e, apavorada, soltou um : " Mônica, será que vc vai voltar a andar um dia?" kkkkkk! Beijuuuus

Gra Porto disse...

Hahahahahahaha....

Rimene Amaral disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Maísa disse...

Ah não, como vc se supera hein? kkkkkkkkkkkkkkkkk, passo mal com uns trem desses uai!