terça-feira, 1 de julho de 2008

Meu sangue

Hoje acordei às 5 da manhã pra buscar meus sobrinhos - Lara, 4, e Gabriel, 9, que chegavam de viagem para passar as férias julho em Goiânia. Não tinha dormido bem de domingo pra segunda e me custou abrir os olhos quando o despertador tocou. Mas, meu Deus, o que acontece com a gente quando eles abrem aqueles bracinhos e saem gritando pelo nosso nome? Que feitiço é esse que faz tudo valer a pena, mesmo às 5 da manhã e sem o primeiro e NECESSÁRIO café preto?

Inspirados antes mesmo de aparecer o sol, eles me ajudaram a por a mesa para o café-da-manhã, disputando a pilha de pratos e quem colocaria - e onde - cada talher. Depois de praticamente ignorar a comida, me fizeram ligar o computador para que eles deixassem recadinhos para as minhas amigas na internet! O recado ficou por minha conta, mas as "tias" receberam a assinatura de cada um digitada solenemente. Cheguei às 8 horas no trabalho, não sem antes deixar o carro pra lavar pois tinha leite espalhado por todo o tapete! Mas, que coisa boa passar o dia fazendo planos pra eles.

Sei, de antemão, que este mês de julho vai me exigir muito. Serão parquinhos, sorvetes, zoológico e Mutirama pela enésima vez (se Deus quiser nenhum joelho ralado), piscina - de água e de bolinha - e muitas passadas nos já catalogados pula-pulas de Goiânia... Tudo isso fora as vezes em que ouvirei mil vezes "tiiiiiiia Niiiiiiiine" em questão de minutos!

Mas, que realização estranha que me dá quando chego em casa no fim do dia - já com saudade dos pestinhas - e vejo aquelas marcas de pezinho sujo por toda minha roupa e passo rindo pro chuveiro pra tirar de vez o grude do picolé que eu nunca sei quando, nem como, vai parar no meu cabelo. Resistam a isso, se quiserem ou se forem fortes o suficiente. Eu já entreguei os pontos e compreendi que é o sangue, o nosso sangue, que muda o conceito de cansaço.

2 comentários:

Unknown disse...

Parfait ! Aline, como vc descreve tão bem essas sensações que a gente tem com esses pequeninos? Luísa chegou em mim dia desses e disse: "mãe, do circo eu não gosto do palhaço. Ele é feio, não tem graça nenhuma e ainda me dá medo. Eu gosto é do labarista (sic) e do equilibrante (sic)". Tem coisa melhor. Ó, nos inclua nos passeios com a galerinha, ok.

Aline Leonardo disse...

KKKK
Ela é uma fofura mesmo! Mas, a Lara também odeia o palhaço e já me fez pagar o mico de sair correndo com ela cada vez que o palhaço do Bolshoi passava perto da nossa cadeira! Sobre os passeios, vocês já estão nos nossos planos.